Sucesso de público em todo o país, “Torto Arado – O Musical” chega a Brasília para curta temporada no SESC Ceilândia

Foto Divulgação

Com direção de Elísio Lopes Jr, espetáculo baseado na obra homônima de Itamar Vieira Junior terá quatro apresentações entre os dias 21 e 23 de novembro, com ingressos a R$ 10 (inteira) e R$5 (meia)

Dirigido pelo cineasta e dramaturgo Elísio Lopes Jr, conhecido pelos roteiros de “Medida Provisória” e “Ó Paí, Ó 2”, produção foi indicado em 10 categorias no Prêmio Shell de Teatro

Com 22 artistas em cena, musical é protagonizado pelas atrizes Larissa Luz, Bárbara Sut e Lilian Valeska

Com mais de 60 mil espectadores e aclamado pelo público em sessões esgotadas nas cidades de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, Torto Arado – O Musical é mais do que umespetáculo, é um ato de resistência e celebração da ancestralidade afro-brasileira. Apresentado pelo Ministério da Cultura e Nubank, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o espetáculo é uma realização da Maré Produções Culturais, Ministério da Cultura e Governo Federal – Do Lado do Povo Brasileiro . A adaptação da obra homônima de Itamar Vieira Junior chega ao Distrito Federal para um intenso fim de semana de apresentações no Sesc Ceilândia. Com ingressos a R$10 (inteira) e R$5 (meia), as sessões acontecem na sexta-feira, 21, às 19h; no sábado, 22, às 15h e às 19h; e no domingo, 23, às 18h. Os ingressos estão sendo vendidos nas bilheterias física e virtual do Sesc Ceilândia.

Publicado em 2019, Torto Arado rapidamente tornou-se um marco nacional na afirmação das vozes negras herdeiras de uma história de luta e silenciamento. Traduzida para 31 idiomas nos cinco continentes, a obra alcançou 1 milhão de exemplares vendidos e trouxe a Vieira Junior os prêmios Jabuti, Oceanos e LeYa. Num processo iniciado em 2021, uma força-tarefa conduzida pelos dramaturgos Aldri Anunciação e Fábio Espírito Santos, e o diretor-geral Elísio Lopes Júnio. adaptou o livro para o teatro, resultando em “Torto Arado – O Musical”.

Com direção geral de Elísio Lopes Júnio, conhecido por trabalhos na Globo e no cinema, como os roteiros dos filmes “Medida Provisória” e “Ó Paí, Ó 2”, a montagem propõe uma imersão na ancestralidade e na resistência do povo do sertão baiano. O musical dá corpo e som à narrativa das irmãs Bibiana e Belonísia, filhas de trabalhadores rurais no sertão da Chapada Diamantina, em condições análogas à escravidão, marcadas desde a infância por umacidente que as une e separa para sempre. Entre o peso da terra e a leveza da fé, as personagens atravessam um Brasil invisibilizado, onde as cicatrizes da escravidão ainda moldam o presente.

Entre músicos e atores, 22 artistas dão vida à montagem, que foi indicada em 10 categorias no 36º Prêmio Shell de Teatro. Nos papéis principais, três grandes intérpretes da cena musical e teatral brasileira conduzem a narrativa. Encarnando Bibiana está a cantora e atriz Larissa Luz, conhecida por suas passagens à frente da banda Araketu, a apresentação do programa Saia Justa e a personificação de Elza Soares no aclamado musical “Elza”. Bárbara Sut, atriz, cantora, compositora e dramaturga, dá voz e corpo à Belonísia, sua irmã. E, fechando o trio principal, Lilian Valeska interpreta Donana, avó das protagonistas, uma personagem nova criada especialmente para dar corpo à adaptação teatral. 

A direção musical e arranjos ficou a cargo de Jarbas Bittencourt, diretor musical do Bando de Teatro Olodum desde 1996. Com composições inéditas ligadas ao cancioneiro nordestino interiorano, o espetáculo mergulha nas sonoridades do sertão, com canções criadas para dar voz aos personagens e expressar as profundas contradições do Brasil. 

A direção de movimento, por sua vez, é assinada pelo renomado coreógrafo e bailarino baiano Zebrinha, do Bando de Teatro Olodum, do Balé Folclórico da Bahia e jurado da Dança dos Famosos da TV Globo. No musical, o Jarê, religião de matriz africana e indígena que permeia toda a trama, ocupa um papel central na construção estética e simbólica do espetáculo. A partir da direção de movimento de Zebrinha, essa manifestação espiritual, serve como fio condutor numa linguagem cênica contemporânea que entrelaça corpo, som e espiritualidade.

A equipe do musical conta ainda com cenografia de Renata Mota, figurino assinado pela designer Bettine Silveira, além da coordenação geral de Fernanda Bezerra, responsável também pela idealização do projeto. 

SERVIÇO – Torto Arado – O Musical no DF
Onde: Sesc Ceilândia (DF)
Datas e horários:
21 de novembro (sexta) – 19h
22 de novembro (sábado) – 15h e 19h
23 de novembro (domingo) – 18h
Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia)
Vendas: Bilheteria do Sesc Ceilândia e no link  sescdf.com.br/web/eventos
Classificação indicativa: 15 anos

FICHA TÉCNICA
Coordenação Geral e Idealização do Projeto: 
Fernanda Bezerra
Elenco principal: 
Larissa Luz, Bárbara Sut e Lilian Valeska
Direção: Elísio Lopes Júnio
Direção musical: Jarbas Bittencourt
Direção de movimento: Zebrinha
Baseado na obra de Itamar Vieira Junior 

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