FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA, 26 DE AGOSTO A 07 DE SETEMBRO DE 2025

Um dos maiores festivais de artes cênicas do País chega a 30 anos de trajetória trazendo o teatro e a dança da América do Sul em uma edição memorável
*Graças ao patrocínio da Petrobras, o maior festival da região central do Brasil apresenta 23 espetáculos
*Estreia no Brasil de produções premiadas como as argentinas “Seré” e “Medida por Medida (la culpa es tuya)” e a chilena “Verdar”
*Estreia nacional de “Afinação 2: Falso Solo”, de Georgette Fadel
*Show de Amaro Freitas, escolhido Melhor Instrumentista do Ano pelo Prêmio Multishow
*O grande sucesso de “O Céu da Língua” com Gregório Duvivier, além de oficinas, seminário, residência e os célebres Encontros do Cena
Completar 30 anos de uma trajetória exitosa é motivo para comemorar. E o CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA resolveu festejar oferecendo a Brasília uma edição memorável. Graças ao patrocínio exclusivo da Petrobras, de 26 de agosto a 07 de setembro, o festival chega a vários espaços da cidade com uma programação de mais de 30 atrações. Estreias nacionais, trabalhos internacionais inéditos no Brasil, produções premiadas, shows, oficinas, seminário, residência artística, lançamento de livro, leitura dramática e os célebres Encontros de Cena se revezam na programação deste que é um dos maiores festivais de artes cênicas da América Latina. Logo na abertura, duas grandes obras: na Sala Martins Penna (Teatro Nacional Cláudio Santoro), Ao Vivo (dentro da cabeça de alguém)”, protagonizada pela atriz Renata Sorrah e dirigida por Márcio Abreu, com a companhia brasileira de teatro; e, no Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul), “Seré”, premiada peça argentina que revê um dos momentos mais sombrios da história do país.
Serão 13 dias em que o teatro e a dança da América do Sul vão tomar de assalto alguns dos principais palcos da cidade. Além dos já citados, o festival estará na CAIXA Cultural, demais teatros do Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul, Espaço Multicultural Casa dos Quatro, Espaço Cultural Venâncio e diferentes espaços urbanos. Uma edição com a essência do maior festival da região central do Brasil.
A programação começa antes mesmo da abertura oficial, com um convite ao público para participar, nos dias 23 e 24 de agosto, na CAIXA Cultural, do Seminário História, um processo de investigação e debate dirigido pelo encenador Márcio Abreu, que tem como ponto de partida as possíveis relações entre as histórias íntimas e a história coletiva.
O CENA CONTEMPORÂNEA tem direção geral de Guilherme Reis. O festival é apresentado pela Petrobras, com realização do Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e conta com o apoio cultural da CAIXA.
O FESTIVAL
Os palcos do CENA em 2025 vão ser atravessados por questões que refletem o cenário atual de um mundo em convulsão. Quando tudo parece desmoronar, olhar para si e para o passado, buscando pistas para o futuro, parece ser tão importante quanto elaborar artisticamente discursos contra o preconceito racial, a desigualdade social e geográfica, os desmandos políticos. É o que faz o diretor e dramaturgo Márcio Abreu em “A Vivo (dentro da cabeça de alguém)”. Protagonizada por Renata Sorrah, a peça convida o público a entrar dentro da cabeça de uma pessoa e conhecer suas memórias, sonhos, imaginário, projeções de futuros, percorrendo imagens recentes da história do Brasil e do mundo.
Fazendo sua estreia no festival, a atriz e diretora paulista Georgette Fadel chega com “Afinação 2: Falso Solo”, que dá sequência à pesquisa iniciada com “Afinação I” (apresentada no Cena em 2017). O trabalho reflete sobre a vida na superfície da Terra e no fundo do céu. A organização dos seres humanos em sociedade. Nossa espécie e suas estratégias no mundo da “Loucura Controlada”.
Muitas vezes, a ferramenta para a reflexão é o humor, como em “Medida pormedida (la culpa es tuya)”, premiada adaptação do clássico de Shakespeare pelo célebre clown Gabriel Chamé, usando jogos de teatro físico; “O Céu da Língua”, brilhante monólogo de Gregório Duviver sobre texto de Caetano W. Galindo, no qual reflete sobre a influência do idioma português na nossa formação como país;e “Ubu: o que é bom tem que continuar!”, versão do famoso texto de Alfred Jarry – uma sátira sobre o poder usurpado e a tirania – pela companhia potiguar Clowns de Shakespeare.
Na outra ponta, estão trabalhos como “Seré”, que traz o ator Lautaro Delgado Tymruk assumindo a pele (e a voz) de um preso político durante interrogatório à época da ditadura argentina – o espetáculo acaba de ganhar o Premio Argentores 2025 de melhor Teatro Documentário. Também “Verdar”, escrito por Paula Aros Gho e protagonizado pela atriz Mariana Loyola, consagrada atriz de cinema chilena, que aborda com sensibilidade o tema da inadequação e do suicídio. E ainda “A Bailarina Fantasma”, performance com Verônica Santos, que parte da célebre escultura “A Bailarina de 14 Anos”, de Edgar Degas, para tratar do apagamento das bailarinas negras no universo do ballet clássico.
Em “Cabo Enrolado”, concebido, dirigido e protagonizado por Julio Lorosh, a periferia de São Paulo ganha forma numa poética forte edivertida, embalada pelo som do hip hop e do funk.E“A Força da Água”, do grupo Pavilhão da Magnólia, do Rio Grande do Norte, traz a paisagem do nordeste brasileiro numa obra que questiona o discurso de que a crônica e histórica seca nordestina é uma fatalidade. Estes e outros trabalhos fazem a riqueza da edição 2025 do CENA.
Um total de 23 espetáculos, incluindo o resultado da residência artística que faz parte da plataforma Voo Livre, realizada pelacompanhia brasileira de teatro em parceria com o Cena Contemporânea. Ao longo do festival, durante 11 dias de encontros presenciais e 80 horas de trabalho, cerca de 30 jovens artistas do DF, sob a direção de Márcio Abreu, irão se debruçar sobre o tema HISTÓRIA e as possíveis relações entre história íntima e história coletiva, resultando num trabalho que será apresentado ao público.
SHOWS –Melhor Instrumentista do Ano pelo Prêmio Multishow, Melhor Disco do Ano pela APCA, Melhor Disco Instrumental do Ano pelo Prêmio da Música Brasileira. O pianista e compositor pernambucano Amaro Freitas vive um momento especial na carreira. No CENACONTEMPORÂNEA, ele apresenta Y’Y, seu mais recente trabalho, que vai às raízes do Brasil profundo para encontrar a sonoridade da floresta e alimentar no público um sentimento de brasilidade, além de outros sucessos de sua carreira. Ele costuma dizer: “através desse som que você vai escutar agora, vamos imaginar as lendas e os encantamentos amazônicos”. Amaro Freitas faz apresentação única no domingo, dia 31 de agosto, a partir das 19, na sala Martins Penna do Teatro Nacional.
Recuperar a tradição também inspira o trabalho da Orquestra Alada Trovão da Mata, criada em 2013 para celebrar a sagrada figura do Calango Voador, em cortejos que levam diversas figuras encantadas para passear pela capital. Ao som do ritmo cerratense Samba Pisado, eles fazem apresentação única no festival, reunindo mais de 70 brincantes, entre batuqueiros e figureiros, na celebraçãodos 30 anos do CENA, na quinta-feira, dia 04 de setembro, das 19h às 22h, no Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul. Entrada franca.
ATIVIDADES FORMATIVAS–Um dos pontos altos desta edição sãoas atividades voltadas para formação, desenvolvimento de habilidades e troca de experiências. Concebidas e coordenadas pela diretora e performer Kenia Dias, pela pesquisadora e crítica teatral Julia Guimarães (ambas professoras do Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes da UnB) e pelo jornalista e crítico teatral, Valmir Santos (fundador do site Teatrojornal – Leituras de Cena), as atividadesserão divididas em cinco formatos: Encontros do Cena, Contracenas, Oficinas, Seminário e Residência e Leitura Dramática. Com exceção das Oficinas e da Residência Artística, que exigem inscrição prévia, todas as demais atividades são abertas ao público.
Os Encontros do Cena vão abrir espaço para refletir sobre temas como “A arte por sujeitos periféricos a contrapelo das violências”, “Processos de formação são processos de criação” e “Por que persistir em Shakespeare?”. Em Contracenas, instigamos uma personalidade atuante em campo diferente das artes cênicas a compartilhar seu ponto de vista após a sessão de um espetáculo previamente sugerido. A conversa tem previsão de 30 minutos, com possibilidade de abrir para comentários ou perguntas do público. OSeminário Históriae a Residência ArtísticaPetrobras integram a plataforma de criação artística VOO LIVRE e terão a direção geral de Márcio Abreu e da companhia brasileira de teatro. O Seminário será aberto ao público, já a Residência reunirá artistas previamente selecionados. Assim como as Oficinas,voltadas, preferencialmente, para profissionais e estudantes da área do teatro e da dança e com as vagas preenchidas antecipadamente, mediante formulário de inscrição e seleção, disponível nas redes sociais da companhia brasileira de teatro. E a Leitura Dramáticaserá feita pela atriz Cristiane Sobral, para o lançamento do livro “Pistas” (Pistes), mais um volume da Coleção Novas Dramaturgias, projeto idealizado pela produtora Márcia Dias e realizado em parceria com o Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil.
Mais informações: https://cenacontemporanea.com.br/2025/
PROGRAMAÇÃO DE ESPETÁCULOS
TERÇA, 26/08
20h30–Sala Martins Penna (TNCS)
AO VIVO (dentro da cabeça de alguém) –Márcio Abreu – companhia brasileira de teatro (PR)
20h30 – Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
SERÉ – Lautaro Delgado Tymruk e Sofía Brito (Argentina)
QUARTA, 27/08
19h – Sala Multiuso (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
CABO ENROLADO –Cia Graxa (SP)
20h – CAIXA Cultural
AFINAÇÃO 2: FALSO SOLO – Georgette Fadel (SP)
20h30– Sala Martins Penna (TNCS)
AO VIVO (dentro da cabeça de alguém) –Márcio Abreu – companhia brasileira de teatro (PR)
20h30 – Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
SERÉ – Lautaro Delgado Tymruk e Sofía Brito (Argentina)
QUINTA, 28/08
19h – Sala Multiuso (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
CABO ENROLADO –Cia Graxa (SP)
20h – CAIXA Cultural
AFINAÇÃO 2: FALSO SOLO – Georgette Fadel (SP)
20h – Espaço Multicultural Casa dos Quatro
SOMBRIO – Coletivo Levante (DF)
SEXTA, 29/08
20h – Espaço Multicultural Casa dos Quatro
SOMBRIO – Coletivo Levante (DF)
20h30 – Sala Martins Penna (TNCS)
MEDIDA POR MEDIDA (la culpa es tuya) – Gabriel Chamé Buendia (Argentina)
20h30 – Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
GALHADA, EM TEMPOS DE FISSURA – Teatro do Instante (DF)
SÁBADO, 30/08
17h – Estacionamento da Sala Martins Penna (TNCS)
UBU: O QUE É BOM TEM QUE CONTINUAR! – Cia Clowns de Shakespeare (RN)
18h e 20h – Espaço Cultural Venâncio
FAHRENHEIT – CANTOS E CONTOS DE JOÃO DE FERRO – Cia. Yinspiração (DF)
19h – Sala Multiuso (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
PAI NOSSO – Geise Prazeres (DF)
20h – CAIXA Cultural
VERDAR – Mariana Loyola / Paula Aros Gho (Chile)
20h30 – Sala Martins Penna (TNCS)
MEDIDA POR MEDIDA (la culpa es tuya) – Gabriel Chamé Buendia (Argentina)
20h30 – Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
GALHADA, EM TEMPOS DE FISSURA – Teatro do Instante (DF)
DOMINGO, 31/08
18h – Espaço Cultural Venâncio
FAHRENHEIT – CANTOS E CONTOS DE JOÃO DE FERRO – Cia. Yinspiração (DF)
19h – Sala Martins Penna (TNCS)
SHOW AMARO FREITAS E TRIO
19h – Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro – Vila Cultural Cobra Coral (quadra 813 Sul)
UBU: O QUE É BOM TEM QUE CONTINUAR! – Cia Clowns de Shakespeare (RN)
19h – Sala Multiuso (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
PAI NOSSO – Geise Prazeres (DF)
20h – CAIXA Cultural
VERDAR – Mariana Loyola / Paula Aros Gho (Chile)
SEGUNDA, 01/09
20h – Espaço Multicultural Casa dos Quatro
VALVARIUS, A FRAUDE – Teatro Caleidoscópio
20h30 – Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
RESIDÊNCIA PETROBRAS – VOO LIVRE HISTÓRIA – Márcio Abreu
TERÇA, 02/09
17h e 20h – CAIXA Cultural
CLAUSTROFOBIA – Rogério Corrêa, César Augusto e Márcio Vito (RJ)
19h – Sala Multiuso (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
OVELHA DOLLY –Micheli Santini (DF)
20h – Espaço Multicultural Casa dos Quatro
VALVARIUS, A FRAUDE – Teatro Caleidoscópio
20h30 – Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
RESIDÊNCIA PETROBRAS – VOO LIVRE HISTÓRIA – Márcio Abreu
20h30 – Sala Martins Penna (TNCS)
O CÉU DA LÍNGUA – Gregório Duvivier
QUARTA, 03/09
19h – Sala Multiuso (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
OVELHA DOLLY – Micheli Santini (DF)
20h30 – Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
RESIDÊNCIA PETROBRAS – VOO LIVRE HISTÓRIA – Márcio Abreu
20h30 – Sala Martins Penna (TNCS)
O CÉU DA LÍNGUA – Gregório Duvivier
QUINTA, 04/09
19h –Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
CELEBRAÇÃO 30 ANOS DO CENA – COM SEU ESTRELO E A ORQUESTRA ALADA TROVÃO DA MATA (DF)
SEXTA, 05/09
20h – Espaço Multicultural Casa dos Quatro
UM LAPSO DE OURO E VINHO –Os Áuspices – James Fensterseifer (DF)
20h30 – Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
A BAILARINA FANTASMA –Plataforma – Estúdio de Produção Cultural(SP)
20h30 – Sala Martins Penna (TNCS)
A FORÇA DA ÁGUA – Pavilhão da Magnólia (CE)
SÁBADO, 06/09
19h – Sala Multiuso (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
MES HORIZONS | A COLUNA QUEBRADA | CHENN – Le Coin de La Danse, Cie Demka e Compagnie Chriki’z (Guiana/França)
20h – Espaço Multicultural Casa dos Quatro
UM LAPSO DE OURO E VINHO –Os Áuspices – James Fensterseifer (DF)
20h30 – Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
A BAILARINA FANTASMA –Plataforma – Estúdio de Produção Cultural (SP)
20h30 – Sala Martins Penna (TNCS)
A FORÇA DA ÁGUA – Pavilhão da Magnólia (CE)
DOMINGO, 07/09
17h – Sala Martins Penna (TNCS)
OGROLETO – Grupo Pavilhão da Magnólia (CE)
19h – Sala Multiuso (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
MES HORIZONS | A COLUNA QUEBRADA | CHENN – Le Coin de La Danse, Cie Demka e Compagnie Chriki’z (Guiana/França)
20h30 – Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
A BAILARINA FANTASMA – Plataforma – Estúdio de Produção Cultural (SP)
ATIVIDADES ASSOCIADAS:
23 e 24/08
17h30-20h – CAIXA Cultural
30 e 31/08
19h-21h – Sala Marco Antonio Guimarães (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
VOO LIVRE: SEMINÁRIO HISTÓRIA –Márcio Abreu – companhia brasileira de teatro (PR) e convidados
ENTRADA FRANCA
07/08 a 07/09
SESC Estação 504 – de 2ª a 6ª, das 9h às 21h; sáb/dom, das 8h às 12h
ASSOMBROS – Iain Mott e Simone Reis
ENTRADA FRANCA
SINOPSES
(por ordem de data de apresentação)
26 e 27/8, 20h30
Sala Martins Pena (TNCS)
AO VIVO [dentro da cabeça de alguém]
companhia brasileira de teatro (PR)
Com dramaturgia original e direção de Márcio Abreu e participação especial da atriz Renata Sorrah, o espetáculo trata de questionamentos sobre memória, sonho e tempo e traz aos palcos uma ficção sobre uma suposta biografia de alguém. A peça convida o público a entrar dentro da cabeça dessa pessoa e conhecer suas memórias, sonhos e imaginário, projeções de futuros, percorrendo imagens recentes da história do Brasil e do mundo, com um olhar para as histórias singulares e coletivas da sociedade brasileira. O espetáculo dialoga com a obra A Gaivota, de Anton Tchekhov, propondo indagações como: quais questões levantadas por Tchekhov atravessam o tempo e chegam até hoje? De que modo? Como expandir essas questões? Há formas novas, futuros possíveis?
companhia brasileira de teatro – Coletivo de artistas de várias regiões do país fundado pelo artista, escritor e diretor Marcio Abreu em 2000, em Curitiba/PR. Sua pesquisa é voltada sobretudo para novas formas de escrita e para a criação contemporânea. Entre suas principais realizações, peças com dramaturgia própria, escritas em processos colaborativos e simultâneos à criação dos espetáculos, como SEM PALAVRAS (2021), PRETO (2017), PROJETO bRASIL (2015) e Vida (2010. A companhia realiza frequentes intercâmbios com artistas no país e no exterior, mantém um repertório ativo e circula com frequência. Recebeu os principais prêmios das artes no país.
FICHA TÉCNICA
Texto e Direção geral: Marcio Abreu
Pesquisa e Criação: Marcio Abreu, Nadja Naira, Cássia Damasceno e José Maria
Elenco: Renata Sorrah, Rodrigo Bolzan, Rafael Bacelar, Bárbara Arakaki e Bixarte
Direção de produção e administração: José Maria e Cássia Damasceno
Iluminação e assistência de direção: Nadja Naira
Direção Musical e Trilha Sonora Original: Felipe Storino
Direção de Movimento e colaboração criativa: Cristina Moura
Assistência de direção e colaboração criativa:Fábio Osório Monteiro
Figurinos: Luís Cláudio Silva | Apartamento 03
Direção videográfica: Batman Zavareze
Cenografia: Batman Zavareze, João Boni, José Maria, Nadja Naira e Marcio Abreu
Edição de vídeo: João Oliveira
Captação das imagens para vídeos: Cacá Bernardes | Bruta Flor Filmes
Design de som: Chico Santarosa
Técnica de vídeo, luz e programação videomapping: Michelle Bezerra, Ricardo Barbosa e Denis Kageyama
Técnica de luz e som: Dafne Rufino
Produção Original: Sesi SP
Criação e produção: companhia brasileira de teatro
DURAÇÃO: 90 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 anos
26 e 27/8, 20h30
Teatro Galpão Hugo Rodas (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
SERÉ
Lautaro Delgado Tymruk e Sofía Brito (Argentina)
Uma intervenção poética e estética baseada no depoimento prestado pelo artista e ex-preso político Guillermo Fernández, no chamado Julgamento das Juntas, em 1985 na Argentina, onde foram condenados crimes contra a humanidade e violações sistemáticas de direitos humanos pela Ditadura Civil-Militar. O texto é intercalado com outras falas, ruídos e sons, como a própria voz do ator, que não constam na gravação original do julgamento. Guillermo, juntamente com outros três companheiros de prisão, conseguiu escapar usando apenas um prego. A fuga da Mansão Seré é um caso emblemático. SERÉ é o futuro simples do verbo “SER”. É um experimento sobre som e voz. O conceito fundamental que permeia a peça é o ventriloquismo. O único ator em cena imita a voz da testemunha (Guillermo Fernández). Esse estado de “ser informado” ou “possessão” produz um efeito estranho na plateia, que, mesmo avisada de que não é ele quem está falando, muitas vezes acredita que sim.
LAUTARO DELGADO TYMRUK – Ator, performer, diretor e professor, cursou Dramaturgia na Escuela Metropolitana de Arte Dramática, assim como estudou direção de cinema na FUC – Fundación Univerdad del Cine de Buenos Aires e no IDAC – Instituto de Arte Cinematográfico. Estudou magia na Escuela Fu Manchú. Em teatro trabalhou com prestigiosos diretores como Daniel Veronese, Joaquín Bonet, Calixto Bieito, Claudio Tolcachir e Juan Pablo Gómez. Protagonizou filmes de alcance internacional pelos quais recebeu diversas indicações e prêmios.
Espetáculo recentemente vencedor do Premio Argentores, da Sociedade Geral de Autores da Argentina, como Melhor Teatro Documentário de 2024.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia, Direção e Produção Geral: Lautaro Delgado Tymruk e Sofía Brito
Performer: Lautaro Delgado Tymruk
Iluminação: Ricardo Sica
Cenotécnica: Richy Salguero
Dramaturgista: Conrrado Beretta
Produção executiva: Compañía SERÉ
DURAÇÃO: 85 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 anos
27 e 28/8, 19h
Sala Multiuso (Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul)
CABO ENROLADO
Cia Graxa (SP)
Sobre os tijolos de uma casa em construção vemos a infância de um jovem periférico sendo edificada. Mais tarde, esse mesmo jovem adentra o mercado de trabalho “livre” oferecido pelos aplicativos de entrega. Sobre os quadros de sua vida vemos o eco colonial do trabalho no Brasil, sonhos, angústias e anseios da juventude periférica. Fruto de pesquisa cênica desenvolvida pelo ator Julio Lorosh. Em novembro de 2015, seu irmão Leandro Alves de Sousa foi baleado em São Paulo. A tragédia o deixou paraplégico e disparou a pesquisa do ator sobre a experiência do sujeito periférico na cidade de São Paulo. Em diálogo direto e vivo com a plateia, a peça evoca o imaginário periférico de maneira divertida e poética, fazendo uso da musicalidade e da dança, como funk e hip-hop. Cabo enrolado é o retrato de uma guerra em festa, pipocando nas bordas da cidade.
CIA GRAXA – Fundada em 2019, a companhia procura desenvolver poéticas a partir da subjetividade periférica, tentando traçar um panorama histórico, tendo em vista a formação do sujeito periférico na construção das relações de convívio, habitação e trabalho nas bordas da cidade. Os artistas que compõem a Graxa atendem os principais espaços teatrais e centros culturais da região leste, oferecendo apresentações, processos de formação e iniciação artística pela região de Artur Alvim, Cangaíba, Penha e em especial região de Itaquera onde a Cia. foi fundada e permanece em constante diálogo com Okupacao Coragem, atendendo os moradores da Cohab.
FICHA TÉCNICA
Concepção, Interpretação, Direção e Dramaturgia: Julio Lorosh
Músicos: Matheus Vieira e Cesar Aranguibel
Criação Musical: Cesar Aranguibel, Dunstin Farias, Julio Lorosh e Matheus Vieira
Direção Musical e Arranjos: Cesar Aranguibel
Composição: Dunstin Farias e Julio Lorosh
Operação de vídeo: Rafael Americo
Desenho e Operação de Luz: Felipe Tchaça
Operação de som: Nick Guaraná
Contrarregra: Júlia Tavares
Ass. Geral: Guynho Sousa
Design Gráfico: Malako
Vídeoarte: Malako
Cenografia e Figurino: Walison Martins e Julio Lorosh
Preparação Corporal: Castilho
Registros Fotográficos: Lorena Rezende, Wes Barba
Vídeo: Malako
Produção Geral: Uli Dias (Encantaria Produções)
Coordenação Geral: Gunã
DURAÇÃO: 75 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos
27 e 28/08, 20h
CAIXA Cultural
AFINAÇÃO 2: FALSO SOLO
Georgette Fadel (SP)
Esse falso solo são fiapos da dança de uma vida. Nossa vida nas casas onde moramos, os caminhos, os objetos e plantas. Nossa ligação com camas, cantos, gavetas, armários. Fiapos de memórias das ruas das cidades, as relações, o tempo, o corpo. E o que não sabemos e passamos a vida buscando, e nossas certezas, nossos dentes cabelos e palavras. E as frestas entre uma coisa e outra, frestas-abismos que nos lançam para longe em um instante, nos fazem lembrar que somos menos sólidos do que nossa loucura nos faz acreditar. Nesse falso solo, na paisagem que nossa espécie construiu para si nesse fundo do céu, nossa dança incansável de gestos e sonhos diz: é falsa a solidão. O solo é falso. Todos os solos são falsos.
O espetáculo dá sequência às pesquisas iniciadas no espetáculo ‘Afinação I’, que integrou a programação do CenaContemporânea de 2017.
GEORGETTE FADEL – Atriz e diretora formada pela Escola de Arte Dramática (EAD) e pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo, é um nome emblemático do teatro brasileiro contemporâneo. Já conquistou diversos prêmios, incluindo 2 Prêmios Shell e prêmios de interpretação para o cinema. Protagonizou espetáculos de destaque como Rainha(s) – Duas Atrizes em Busca de um Coração, adaptação de Mary Stuart, de Friedrich Schiller, com direção de Cibele Forjaz, apresentado no Cena Contemporânea em 2009; Gota D’Água – Breviário, que lhe rendeu o primeiro Shell, em 2007; e O que mantém um homem vivo?, com textos de Bertold Brecht, sob a direção de Renato Borghi (2019). Recentemente, dividiu o palco com Bete Coelho, na encenação de Ana Lívia, primeiro texto teatral do autor brasileiro Caetano W. Galindo, sob a direção de Daniela Thomas. Também atua na área de formação de atores.
FICHA TÉCNICA
Concepção, dramaturgia e direção: Georgette Fadel
Elenco: Cristiano Karnas, Esio Magalhães e Georgette Fadel
Assistência de direção: Gabriel Jenó
Iluminação: Julia Zakia
Trilha Sonora Original: Lello Bezerra
Figurinos: Claudia Schapira
Produção: Corpo Rastreado
DURAÇÃO: 75 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos
28 e 29/08, 20h
Espaço Multicultural Casa dos Quatro
SOMBRIO
Coletivo Levante (DF)
A história de um personagem que vive o protagonista mais sanguinário de William Shakespeare e acaba se perdendo na personagem. Abordando a psicose e o luto, convida o público a atuar como detetive, para tentar desvendar os mistérios da trama. Emcena estão questões fundamentais para compreender o que leva uma mente a romper sua percepção da realidade e se lançar à loucura e à violência. De forma sensível e com toques de humor, a obra explora as complexidades da mente humana, a partir da obra de Shakespeare e da loucura de um serial killer.
COLETIVO LEVANTE – Grupo de pesquisa e produção cênica. Lucca Marques é ator, músico, dramaturgo e produtor, um dos fundadores do coletivo, com o qual circulou com espetáculos teatrais por Brasil, Portugal e Espanha. Rafael Salmona é ator, produtor e autor, vencedor de três prêmios Cenym por “Proibido Amar” (2016) e sócio produtor da Casa dos Quatro, espaço multicultural de Brasília.