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Oscar 2025: Tesouro Natterer, do cineasta Renato Barbieri, entra na disputa na categoria Longa-metragem Documentário

Foto divulgação

O filme foi o grande vencedor da 29ª edição do Festival Internacional de Documentários ‘É Tudo Verdade 2024’ e apresenta a história do maior acervo etnográfico sobre povos indígenas do Brasil no mundo

O cinema brasileiro reforça sua presença de destaque no Oscar 2025 com dois representantes em categorias distintas. Enquanto Tesouro Natterer concorre na disputa de Longa-metragem Documentário, o filme Ainda Estou Aqui representa o país na corrida ao prêmio de Melhor Filme Internacional. Essas indicações ressaltam a relevância do audiovisual brasileiro em contar histórias que dialogam com a essência política, cultural e histórica do Brasil. Tesouro Natterer é o primeiro filme brasiliense a concorrer ao Oscar.

Depois dos bem-sucedidos lançamentos nacionais em salas de cinema e plataformas de streaming dos filmes Pureza (2022) e Servidão (2024), a mais nova obra cinematográfica do premiado cineasta Renato Barbieri, Tesouro Natterer venceu o Grande Prêmio do Júri na 29ª edição do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade 2024, na categoria Competição Brasileira – Longas e Médias-Metragens, em abril, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo e garantiu a classificação automática para apreciação na disputa pelo Oscar® 2025. O É Tudo Verdade 2024 exibiu um total de 77 produções entre longas, médias e curtas-metragens de 34 países. 

“É emocionante ver Tesouro Natterer representando o Brasil no Oscar 2025 ao lado de outra grande produção brasileira, ainda que em categorias diferentes. Isso demonstra a potência do nosso audiovisual, que tem conquistado reconhecimento internacional e promovido nossa cultura de maneira significativa. Filmes brasileiros que fazem sucesso fora do país elevam o prestígio do cinema nacional e nos enchem de orgulho. A expectativa é que essa visibilidade permita ao mundo conhecer mais sobre a rica história dos povos originários do Brasil, narrada neste documentário que levou 20 anos entre idealização, pesquisa, produção, filmagem e finalização. É uma jornada longa, mas que reflete o compromisso em trazer à luz um capítulo tão importante da nossa memória cultural”, afirma Renato Barbieri.

A produção apresenta Johann Natterer, membro da Expedição Austríaca que acompanhou a então Arquiduquesa Leopoldina em sua vinda ao Brasil, em 1817. Dos integrantes da expedição, foi quem mais tempo permaneceu no Brasil: 18 anos. Todo esse período resultou em uma impressionante coleção natural e etnográfica, composta por mais de 50 mil objetos, formando o maior acervo sobre povos indígenas do Brasil no mundo, atualmente preservado no Museu de História Natural e no Weltmuseum Wien, em Viena, Áustria.

O documentário aborda a hipótese de repatriação de parte das mais de 2.300 peças etnográficas pertencentes a 68 povos originários do Brasil. Tesouro Natterer estabelece, por meio da Coleção Johann Natterer, uma conexão entre o Brasil atual e o de 200 anos atrás, levantando questões fundamentais sobre preservação cultural, identidade nacional e reparação histórica.

O que me fascinou na jornada inigualável de Johann Natterer foi seu sutil processo de reumanização, algo que percebemos claramente no tom das mais de 60 cartas que ele enviou para a Áustria durante os anos em que esteve no Brasil. Em 18 anos no país, o viajante naturalista europeu coletou mais de 50 mil peças naturais e etnográficas. Fez um total de 11 remessas para Viena e todo o material se encontra incrivelmente preservado até hoje, dois séculos depois. O Brasil praticamente desconhece esse fato”, enfatiza Renato Barbieri.

Com uma narrativa que une impacto histórico e social, o filme explora as transformações pessoais de Natterer, que, ao longo de sua expedição, casou-se com a indígena Maria do Rego e construiu uma família brasileira antes de retornar à Europa. Essa trajetória e a preservação de um acervo tão rico contrastam com a perda das 90 peças que o naturalista presenteou, à época, a D. Pedro II e que foram destruídas no incêndio do Museu Nacional em setembro de 2018.

Tesouro Natterer celebra a excelência do cinema nacional ao resgatar uma memória histórica de relevância global, ecoando com outras produções nacionais, que destacam a capacidade do Brasil de dialogar com o mundo por meio do cinema.

Sobre Renato Barbieri 

Ao longo de mais de 40 anos de carreira, Renato Barbieri tem uma extensa conexão com o cinema social de impacto. O paulista radicado em Brasília há quase três décadas, já realizou diversos filmes e séries. Conheça suas principais produções:

Foto divulgação

Patrocínio e parcerias 

A realização do filme Tesouro Natterer conta com o patrocínio da FSA- Fundo Setorial do Audiovisual, reafirmando o compromisso com a valorização do Cinema Brasileiro. Para a campanha ao Oscar 2025, contamos com patrocínio da ANCINE – Agência Nacional de Cinema, além da parceria fundamental do SIAESP, do Cinema do Brasil, APEX, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além do apoio do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, que todos juntos impulsionam e levam a nossa arte para o mundo.

Foto divulgação

Ficha Técnica 

Ideia Original: Victor Leonardi

Direção e Produção: Renato Barbieri

Roteiro: Andrea Fenzl, Victor Leonardi, Renato Barbieri, Neto Borges, Rodrigo Borges

Pesquisa: Kurt Schmutzer, Victor Leonardi, Andrea Fenzl

Produção Executiva: Natália Brandino, WalderJunior, Mariangela Furtado

Direção de Produção: Mariangela Furtado (Brasil), Andrea Fenzl (Áustria)

Assistência de Direção: Andrea Fenzl

Produção de Locação: Johnny Catrolli (Brasil), Andrea Fenzl (Áustria)

Direção de Fotografia: Daniel Leite (Brasil), Jacob Solitrenick (Áustria)

Som Direto: Altyr Pereira (Brasil), Vinzenz Landl(Áustria)

Direção de Arte: Zé Luca

Cartaz: Pato Sardá                                                                                                                      Direção de Animação: Adriana Meirelles 

Pós-Produção e Videografismo: Diego Cajueiro

Música Original: Márcio Vermelho, Pedro Zopelar

Montagem: Diego Cajueiro

Elenco: Hans Kaba Munduruku, Kurt Schmutzer, Arnaldo Kaba Munduruku, Misael Kaba Munduruku, Claudia Augustat, Christa Riedl-Dorn, Maria de Fátima Costa, Pablo Diener, Victor Leonardi, Magda Ricci

Voz Off de Johann Natterer: Helmut Schuster

Edição de Som: Eric Ribeiro Christani (a3ps), Caetano Cotrim de Blasiis

Mixagem: Eric Ribeiro Christani (a3ps)

Finalização: André Finotti

Colorização: Ronnie Outtch

Assistência de Animação: Babi Fernandes

Roteiro de Montagem: Andrea Fenzl

Coordenação de Pós-Produção: Walder Junior

Edição: Diego Cajueiro

Assistência de Produção Executiva: Gisela Marcolino

Controller: Bruna Lopes, Gisela Marcolino

Empresa Produtora: GAYA Filmes

Distribuição: O2 Play

Imprensa: Polidea Comunicação

 Serviço: Tesouro Natterer

Duração: 84 minutos

Trailer oficial: https://vimeo.com/864553831